segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Novo endereço do blog.

Prezados:

Tendo em vista as inúmeras dificuldades enfrentadas por mim quanto às configurações deste blog, larguei a toalha.

Agora o novo endereço do blog é esse: http://brevesdivagacoes.wordpress.com/

Sim... cansei desse blogspot. Agora wordpress é o que há.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Interpretando o nome do blog

Hoje foi um dia caótico.

Mas, por mais conturbado que tenha sido, ainda me surpreendo com a capacidade que eu tenho de desviar , em intervalos alternados de milissegundos, a minha concentração para assuntos completamente alheios ao problema que está diante de mim. 

Foi num desses breves lapsos de atenção que resolvi refletir um pouco sobre o nome deste blog.

Afinal, o que vem a ser "Amenidades diametralmente opostas"? O que este termo significa?

Conforme reza aquele tradicional livro cuja autoria pertence a Aurélio Buarque de Holanda que consigna  um conjunto de vocábulos dispostos alfabeticamente, cada qual com seu respectivo significado, a palavra "amenidades" (no plural) se define como: "assuntos vagos, gerais, superficiais".

Já o restante do nome, a expressão idiomática "diametralmente opostas", pode ser definido como "qualidade de algo ser totalmente diferente a outra coisa".

Ou seja, o nome do meu blog se traduz como "Assuntos superficiais totalmente diferentes entre si".

É isso que dá pensar em uma frase de efeito sem refletir sobre seu real conteúdo.

Tanto se fala em relevância e eu aqui, me expondo a uma eminente LER para tratar de superficialidades.




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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Assumindo o mal gosto musical

Se existe uma verdade a ser dita  é que o gosto não se discute. Mas se tem uma algo que pode ser discutido são os argumentos a favor ou contra alguma criação artística.

Ou seja, o real valor estético de qualquer obra de arte sempre é discutível.

O gosto é algo subjetivo, imensurável, por muitas vezes intangível pela lógica. É um universo recheado pelas inerentes contradições do ser humano.

Já a relevância artística de algo, embora ainda permeado de certa subjetividade e certamente avesso a proposições matemáticas facilmente mensuráveis, não é algo que possa ser plenamente misturado ao simples provérbio que reza "Gosto é que nem ânus".

Partindo dessa premissa, é irracional a atitude de muitas pessoas que simplesmente não admitem o péssimo gosto que possuem.

Com a maior sinceridade do mundo, não consigo conceber que algo como Tati Quebra Barraco possua valor artístico só porque um mano vida-loka acha, em sua interna verdade subjetiva, que essa coisa interprete canções de qualidade.

Ou isso é pura ignorância (no sentido de nunca ter conhecido outras coisas) ou isso é pleno desinteresse pela apreciação estética  da música.

Vejam bem, eu não estou dizendo que isso é algo ruim ou condenável. Isso é simples desinteresse por esta espécie de arte.

Assim como muitas pessoas não dão a mínima para a pintura, escultura, livros, muitas pessoas não gostam de música. Se contentam em ouvir o que a mídia (incluindo TODAS as formas de mídia) propagandeia.

É por isso que gosto pessoal não pode ser usado como parâmetro de qualidade.

Britney Spears vendeu milhões de discos? Continua sendo uma porcaria. Beyonce tem milhiardares de fãs? Continua sendo música de péssima qualidade. Justin Bieber é a nova sensação teen? Na verdade não passa de um bolo fecal dos grandes.

Estes milhões de fãs que consomem este tipo de música se compõem de pessoas que não aprenderam a apreciar as possibilidades melódicas, timbrísticas e rítmicas  que nossa escala de 12 notas é capaz de oferecer. E não há nada de mal nisso.

Seria a mesma coisa que um estudante de cinema mala começasse a me torrar a paciência pelo fato de eu ter odiado o filme "Morte em Veneza "(Luchinno Visconti, 1971). Sorry, cinema não é minha praia meu amigo. 

Por mais que eu tenha odiado esse mencionado filme, não há argumento válido que possa diminuir seu status de obra-prima.

Não é porque eu prefiro The Beatles à J.S. Bach que The Beatles é melhor que J.S. Bach.

Todo mundo gosta de coisas ruins, mas poucos possuem um ego psiquicamente saudável para admitir isso.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Abordando assunto clichês - A escatologia haitiana.

Odeio escrever sobre assuntos da moda.

Não é nem por questão de ser "do contra", mas sim por uma questão de soar repetitivo e, quiçá, inferior a tamanha literatura já produzida em torno de um assunto em evidência.

Ademais, não gosto daquela pretensão ingênua e idealista de que posso mudar o mundo com um teclado na mão, uma conexão de internet e um blog visitado por ninguém.

Pois bem eventual leitor. Que estes três primeiros parágrafos lhe sirvam de alerta, pois aqui dificilmente você encontrará alguma novidade digna de nota. Como já disse em post anterior, aqui escrevo o que me der na telha (mesmo essa afirmação soe extremamente contraditória ao escrever sobre algo que eu odeio escrever).

Como todos estão escalpelados de saber, o Haiti sofreu um fortíssimo terremoto semana passada.

Não quero entrar nos pormenores das trágicas perdas de vidas humanas, na fome e na carência de infra-estrutura para a população, a qual é inerente a qualquer desastre natural de grande magnitude.

O que chocou a todos os ateus e agnósticos  (assim como religiosos mais esclarecidos) foram as manifestações fanáticas de alguns líderes religiosos, as quais podem ser bem sintetizadas na declaração emanada  pelo eminente Reverendo Pat Robertson (EUA):


“Algo aconteceu muito tempo atrás no Haiti, e as pessoas não gostam de falar sobre isso. Eles estavam sob domínio francês. Você sabe, Napoleão III, ou algo assim. Eles se juntaram e fizeram um pacto com o demônio. Eles disseram: Nós vamos servir você se você nos livrar dos franceses. –história verdadeira- Então o demônio disse: OK, temos um trato. Desde então eles tem sido amaldiçoados por uma coisa atrás da outra”

Fonte: http://www.contraditorium.com/
   
Outros líderes são mais enfáticos ao afirmar que o terremoto foi um castigo divino em represália a intensa prática do Vodu no país.

 Teologia burra e rasteira.

Vê-se, pois, que a justiça divina não segue as mais comezinhas regras do devido processo legal. Um julgamento sumaríssimo, sem nenhuma observância ao princípio da pessoalidade (de que a pena não pode atingir senão a pessoa do condenado).

Sim, pois como explicar que a causa do terremoto foi a prática do Vodu pela população se até mesmo católicos (Zilda Arns) tiveram suas vidas ceifadas pela tragédia? E o que falar das crianças que jamais puderam ter contato com a palavra do senhor? E que diabos os descendentes dos Haitianos vivos durante o governo de Napoleão III tem a ver com atitudes de seus antepassados?

A falta de reflexão induz a pensamentos absurdamente incoerentes. Lembro de uma conhecida minha que, certa feita, afirmou, com a maior convicção do mundo, que os Judeus foram culpados pelo Holocausto durante a segunda guerra, vez que seus antepassados renegaram Jesus Cristo.

Com a maior sinceridade do mundo, minha personalidade me impede de seguir um credo cujas leis divinas estão a séculos de atraso em relação a leis seculares (leia-se profanas, não-divinas, feitas pelo homem). Esse Deus retratado por estes religiosos, cujas atitudes são piores que uma namorada ciumenta e desequilibrada, deveria ler alguns manuais de direito penal.

E a estupidez não para por aí.

Além dessa teologia de araque, rasteira, burra, impensada, percebe-se que estes líderes nem ao menos  se dão ao  trabalho de pesquisar certos aspectos demográficos do Haiti.

Após uma simples clicadela na Wikipédia (Ok, eu sei que não é das melhores referências, mas...), descobrimos que 80% da população haitiana professam a Catolicismo Apostólico Romano, outros 16% seguem o protestantismo, e, finalmente (façam as contas), o voduísmo é praticado pelo restante.

Caramba... se esse Deus descobre que sou Curitibano, cidade com uma das maiores concentrações de praticantes de Umbanda (acreditem se quiser), FUDEU!!!!

É também nessas ocasiões que começam as pregações escatológicas de que os desastres naturais são claros sinais da segunda vida de Cristo.

Argumentam estes cristãos que nunca, em toda a história da humanidade, houveram tantas tragédias, como claros indícios da influência satânica que reina sobre a humanidade.

Foi assim no Tsunami em 2004, agora no Haiti, e será assim no próximo desastre de larga escala.

O que é puro Bullshit, pode apostar que a incidência de desastres naturais é a mesma de sempre, com a diferença que hodiernamente dispomos de maior controle estatístico e documental sobre esse tipo de situação.

Repetindo o que eu já disse nos parágrafos anteriores, nada contra religião, e sim contra qualquer espécie de  teologia burra e rasteira.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Vamos parar para pensar um pouco!!!

É até difícil de acreditar que chego ao meu 3º post com absoluta falta de idéias do que escrever.

Argumentar que passo por uma crise de criatividade soa tão patético quanto uma cena do filme de Woody Allen chamado no Brasil de "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", onde o personagem principal (o próprio Woody Allen, of course) explica estar passando por problemas de ansiedade desde que parou de fumar. Ao ser indagado a quanto tempo largou o vício, ele responde: A 20 (vinte) anos.

Esta é uma película que fortemente recomendo. Lançada em 1977, faturou o Oscar de melhor filme, desbancando Star Wars (e com justiça!).

Aliás, vocês já pararam para pensar no significado da palavra "patético"? O fantasma do senso comum planta em nós a idéia de algo ridículo, trouxa, idiota, retardado, etc...

Entrentanto, se formos pesquisar um significado mais culto e arcaico para essa palavra, descobriremos que "patético" é aquilo que tem capacidade de provocar comoção emocional, produzindo um sentimento de piedade, compassiva ou sobranceira, tristeza, terror ou tragédia. Fonte: Dicionário inFormal.

Para entender melhor o significado, basta escutar a Sinfonia Patética de Tchaikovsky ou a Sonata Patética para Piano de Ludwig van Beethoven. Obras com forte apelo melancólico-emocional... muito mais do que qualquer porcariazinha de música gótica pseudo-depressiva.

Ademais, vocês também já pararam para pensar que a expressão idiomática "parar para pensar" não faz o menor sentido? Isso só deve fazer sentido para pessoas que não conseguem mascar chicletes e bater palmas simultaneamente, ou que o aprendizado de se locomover de maneira bípede deve ter sido uma enorme conquista a título de coordenação motora.

Eu juro que nunca precisei interromper o meu andar para desenvolver alguma espécie de atividade cognitiva.

Talvez no ponto culminante de uma noite ébria já tenha ocorrido o cenário antônimo, ou seja, o meu caminhar tenha interrompido alguma atividade cognitiva (e não a atividade cognitiva ter interrompido o meu andar), mas geralmente nestes momentos eu não "paro para pensar" (no sentido logicamente absurdo de que o ato de cessar o movimento propiciaria maior concentração para reflexões mais aprofundadas sobre a vida).

Uma coisa engraçada desta reflexão do "parar para pensar" (ou seja, eu "parei para pensar" sobre o ato de "parar para pensar"), é que enquanto eu estava empacado no parágrafo anterior, provocando um genocídio nos neurônios insones que habitam a mente deste que vos escreve, um amigo chamado Luigi Pantaleone (um talentoso baixista, diga-se de passagem), me informa via Twitter que o ato de caminhar melhora a oxigenação do cérebro, o que torna a expressão idiomática ainda mais sem sentido.

E, retomando a definição culta da palavra "patético", houve um interlúdio de 43 minutos entre a redação dos dois últimos parágrafos.





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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu não sou um blogueiro

Longe de me portar de maneira derrotista, percebo cada vez mais que não sou um blogueiro.

Após a primeira postagem (a qual não me agradou), entrei em uma espécie de vácuo criativo onde a inspiração estava mais rarefeita do que moléculas de oxigênio em pulmão de fumante.

Foram dias e mais dias tentando, em vão, achar algum tema interessante a ser abordado nesse espaço.
Pensei em elaborar um post sobre meus games preferidos all time, mas considerei este tema mais comum do que pereba em criança.

Depois cogitei, por sugestão de um amigo meu, inventar fatos históricos fictícios (perdão pela redundância) sobre Curitiba, porém cheguei a conclusão, antes mesmo de desenvolver qualquer idéia, que este é um tema muito non-sense.

Ontem cheguei a postar um texto falando mal do Big Brother Brasil e toda aquela polêmica envolvendo a Tessália. Mas este assunto, além de ser irritante demais, já deu mais do que pano na manga. Deletei-o de tanta vergonha que senti.

Isto significa que condenarei este espaço a ser um Blog natimorto? É lógico que não.

Eu acho que a World Psychiatric Association deveria catalogar uma nova espécie de transtorno obsessivo-compulsivo, cujo portador possuiria um desejo incontrolável de preencher espaços em brancos em sítios da internet com as mais prolixas informações.

Esse é o meu transtorno, eu não posso evitar de escrever um texto quando me deparo com esse tipo de coisa, transmutando um post em um claro exercício de livre associação de idéias.

Mando as favas a objetividade, o pré-planejamento, ou qualquer outra metodologia que me permita realizar uma extensa pesquisa antes de escrever sobre algo. O lance é escrever, escrever e escrever.

O sentido? o argumento? estes eu encontro em algum lugar no meio do caminho.

Porque agradar o leitor? Porque não o leitor a nos agradar?

Porque agradar o consumidor? Porque não o consumidor a nos agradar?

Porque nós elegemos a quem nos governar, quando nós poderíamos eleger pessoas a serem obedecidas por nós??

Este é um espaço gratuito, onde posso me dar ao luxo de inverter estes valores.

Pensar não paga imposto (acho que a tributação cognitiva é algo impossível de ser realizado). O máximo que pode acontecer é eu me projetar como um ermitão louco que, do alto de sua montanha, profere disparates sem sentido para uma platéia de ninguém.

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Introito

É extremamente comum (para não dizer clichê) que muitos de nós façamos as chamadas "promessas de ano novo".

A passagem de ano cria em nós um efeito psicológico, como se a mudança de data fosse um muro divisor onde podemos abandonar nossos erros e começar de forma renovada o ano vindouro.

Assim, uma dessas minhas promessas é a de começar a escrever em um blog. Sinceramente não me importo se esta empreitada fracassar, pois não só de vitórias vive o homem. De igual modo, não tenho a mínima idéia dos temas que serão abordados.

O único objetivo que aqui persigo é o de abordar qualquer assunto que venha a despertar meu interesse e tecer, como o próprio link deste blog revela, "breves divagações".

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